sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Entre a cidade e o campo

Desde os 18 anos que vivo entre a cidade e o campo. Quando vim para Lisboa, sentia um misto entre entusiasmo por viver numa cidade grande (parecia-me grande na altura) e desilusão pela frieza com que as pessoas se tratavam... ainda hoje me faz imensa confusão viver num apartamento, não saber quem são os meus vizinhos e ter muito cuidado para não incomodar quem mora ao lado... na minha terra, moro numa vivenda, não é muito grande, mas dá para vivermos todos, temos um jardim enorme onde o nosso cão pode correr e apesar de vivermos separados por muros, os meus vizinhos são nossos grandes amigos. Quando precisamos de alguma coisa é a eles que recorremos e vice-versa, seja um pacote de sal ou alguma emergência (dava-me tanto jeito ter a Celeste de vez em quando aqui ao lado).
Na minha terra, conheço todas as pessoas, falamos sempre que encontramos alguém na rua, seja um simples Bom dia ou apenas comentar como está o tempo. Na minha terra as pessoas ajudam-se, participam nas actividades, há muitas associações e todas fazem festas. Não são festas de aldeia com música pimba, são festas jovens, com bandas de garagem ou até com artistas conhecidos. Na minha terra os jovens gostam de lá viver e têm orgulho em perpetuar as tradições...
E é por isso que todos os fins de semana, sem excepção, lá eu vou direitinha a casa, como costumo dizer.
Sinto-me bem a viver em Lisboa, gosto da facilidade de ter qualquer coisa à mão, seja um cinema, um teatro ou uma loja de roupa gira, mas nada supera o que se vive na minha terra. Sempre gostei de viver lá e nunca meti a hipótese de viver noutro sítio... é por isso que faço sempre questão de dizer que a minha passagem por Lisboa é provisória, que vou voltar a casa, às minhas raízes. Até posso continuar a trabalhar na cidade grande, mas viver, crescer e ser feliz tem de ser na minha terra!

3 comentários:

Palco do tempo disse...

eu adoro a minha terra mas ja não me imagino a viver la :)

ig disse...

sinto precisamente o mesmo.. mas em relação a viver fora do país.. a nossa terra é sempre a nossa terra, no matter what.

Ana disse...

Ui eu nao gostaria nada d viver em Lisboa. O meu namorado veio de la para ca p cima e foi o que melhor fez. Lá na capital nao gosto nada d forma de viver das pessoas,ate as familias sao frias...nao me revejo e sempre disse que é nos sitios mais pequenos que se criam raízes,que se criam laços profundos. Acho que esta crise pode ate servir como um meio para as pessoas se descentralizarem.o que acho seria mt vantajoso. Bj