terça-feira, 10 de maio de 2011

Do conhecimento empírico...

Ou ainda sobre as mudanças!

Esta minha teoria das pessoas não mudarem, não é apenas uma mera teoria... aprendi com a prática... De todas as vezes que me apaixonei, era sempre pelos homens errados... não que fossem más pessoas [que no fundo não eram] mas não eramos compatíveis... queríamos coisas diferentes para as nossas vidas. Eramos demasiado diferentes na maneira de ser e pensar... Já aqui disse uma vez que acho que os opostos não se atraem... para mim, para uma relação funcionar, as pessoas têm de ter objectivos comuns, a mesma forma de encarar a vida, as mesmas prioridades. Não é fácil encontrar alguém assim [eu procurei muito até encontrar], mas não vamos deixar de ser exigentes por causa isso.
Eu nunca mudei por homem nenhum e também nunca esperei que alguém mudasse por mim... Há coisas das quais não abdico na minha vida... o meu estilo pessoal, as minhas idas às compras [nem que seja só para ver lojas], os cafés com as minhas amigas, as minhas revistas para recortar e os almoços em família... São coisas que me fazem sentir bem e ai daquele que me venha pedir para abandonar estes meus hábitos... Se quer que eu mude é porque não gosta de mim tal como eu sou! Uma vez tive um namorado que pediu para eu mudar a minha maneira de vestir... que usava demasiados decotes [até nem uso mas o rapaz era mega ciumento]... disse-lhe que estava calor e que ia continuar a vestir-me assim. Não gostou e passado pouco tempo foi à vidinha dele. Na altura pensei [por uns breves segundos] Podia ter cedido nesta história dos decotes... Se calhar não nos tinhamos chateado tanto, mas depois WTF? Não vou vestir-me de maneira diferente da que gosto só porque alguém assim o quer... Não lhe estou a faltar ao respeito! E pronto... chorei durante 15 dias e depois passou-me. E agora estou muito melhor. O que eu queria mesmo dizer é que às vezes abdicamos de ser nós prórprias para agradar a outras pessoas, mas que eu acho isso errado!

Também queria aqui deixar expresso que, no meu curriculo amoroso, foram alguns os homens que eu tive esperança que mudassem...
* Um dia ele vai querer assumir a relação.
* Um dia ele vai dar-me mais atenção do que aos amigos dele.
* Um dia ele vai querer viver noutro sítio [Era um rapaz que só queria viver em Lisboa e nem sequer metia a hipótese de viver fora da cidade]
* Um dia ele vai perceber porque é que eu vou a casa todos os fins de semana
* Um dia ele vai começar a gostar de ir à missa e, quem sabe, até casamos pela Igreja
* Um dia ele vai ser mais ambicioso e tirar o 12.º ano
* Um dia ele vai deixar de se vestir como os miúdos do secundário
* Um dia ele vai deixar de ser ciumento
* Um dia ele vai mandar-me mensagens todos os dias
* Um dia vai apresentar-me aos seus amigos
* Um dia vai levar-me a casa dele

E esses dias nunca chegaram. Porque essas pessoas não eram assim. Ou porque não gostavam de mim o suficiente. E não era pelo facto de eu ter esperança e desejar muito que as coisas mudaram.

Finalmente, encontrei o homem da minha vida. Aquele ao qual eu não mudava absolutamente nada. Nem os defeitos [que também não são assim tão grandes]. Estamos juntos há pouco mais de 2 anos e cada dia que passa sou mais feliz. Às vezes dou por mim a pensar... Um homem assim não pode ser real! E porque é que me havia de calhar logo a mim?! Depois respiro fundo e penso: Eu mereço este homem perfeito!

3 comentários:

Joana disse...

(Já tinha escrito isto, mas a minha net foi abaixo, por isso se for a duplicar, apaga um deles)

Bem, acho que foste um pouco contraditoria. Então em cima dizes que ninguem deve mudar por ninguém e depois dizes que os teus ex não mudaram porque secalhar não gostavam mesmo de ti? Ou seja, eles devem aceitar-te como és porque senão não gostam de ti, agora tu não tens que mudar por causa deles? Eu acho um tanto ou quanto descabido. Comigo nem tanto ao mar nem tanto a serra. Acho que é possivel ter uma longa relação mesmo quando se tem diferenntes opiniões, depende é até onde estamos dispostos a ir, e até onde não afecta a nossa individualidade. Um exemplo, Eu não me quero casar, nem por civil nem pela igreja, simplesmente porque não vejo diferença numa vida pos matrimonio, além de ser deitar dinheiro ao lixo. Mas, se encontrasse uma pessoa cuja felicidade dependia disso, estava disposta a casar-me, claro. Porque é uma situação que não diminui o meu bem estar e aumenta o bem estar da pessoa que amo. Situação contraria acontecia se o meu namorado me proibisse de ir as compras, por exemplo, porque eu ir as compras ou não, não o afecta directamente, e não ia aumentar o bem estar dele, enquanto eu amo ir as compras:)

M.M. disse...

Joana, aceitar-me como sou não implica mudar por causa de mim... Implica apenas e só "aceitar-me como sou!", com defeitos e virtudes.

Outra coisa, que talvez não esteja bem explicado no texto, é que eu acho que não é obrigatório ter a mesma opinião em tudo tudo tudo, mas que é importante terem opiniões identicas nas grandes questões da vida... nas decisões... nas prioridades... para se poder construir uma vida em comum. Claro que eu preferir morangos e ele pessegos não me faz grande diferença, mas se eu quiser morar na Madeira e ele em Lisboa aí a nossa vida já se complica. Não sei se entendes o que quero dizer :)

Quero reforçar que não me estou a contradizer... ninguem deve mudar por ninguem. E a mensagem que queria transmitir é que aprendi isso com a experiencia :) ainda bem que ninguem mudou por mim, porque seria uma mudança apenas aparente (e momentanea) porque mais cedo ou mais tarde a pessoa volta a ser quem realmente é! :)

Happy Brunette disse...

Como te entendo! ;)
Assim é que é!!

XoXo ♥