quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A vida tem que continuar...

Esta é, infelizmente, uma dor que eu já conheço bem. Não conheço a dor de perder um familiar ou um amor, mas a dor de perder um amigo já se começa a tornar demasiado habitual na minha vida. Habitual mas à qual eu não me habituo. Nos últimos 5 anos (quase 6) perdi 3. Acidente. Doença. Assassinato. Este foi o quarto e ainda não se sabe a causa de morte. Veio tudo com grande secretismo da Guiné. Eu sei que a vida tem de continuar. Não posso continuar fechada em casa, revoltada com este mundo e com o outro. Amanhã é dia de voltar ao trabalho. Sábado é dia de casamento e no domingo sei que já me sentirei melhor. Fico sempre a sentir-me culpada quando esboço o primeiro sorriso após a morte de alguém que me é querido.
Sei que mais uma vez vou aprender a conviver com esta dor, com estas saudades, que me vou esquecer da sua voz tão característica (custa-me tanto não me lembrar das suas vozes). Sei que daqui a uns meses já conseguirei sorrir quando se falar dele, que relembrarei os seus disparates com um sorriso cheio de lágrimas e me sentirei confortada / abençoada por saber que um dia a minha vida se cruzou com a dele(s).

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